quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

QUEM É VOCÊ!



Não existe cura para toda dor,
Nem conforto o suficiente
Para quem está sentindo
Algo que não gostaria.
Mas o tempo está aí para isso,
Para assimilar,
Para você entender o que realmente
Está acontecendo contigo
E por si decidir se vai deixar
O peso do mundo te sobrecarregar
Ou se impor e superar seja lá
O que estiver sentindo.
Toda vez que você se sentir insuficiente
Lembre-se de não deixar sua dor
Definir quem você é!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

ÀS VEZES


Não somos um casal padrão e não somos o melhor casal.
Não chegamos nem perto de sermos perfeitos.
Temos nossas indiferenças, crises e dilemas.
Já pensamos em nos separar algumas (muitas) vezes.
Às vezes não nos suportamos.
Às vezes temos umas loucuras, umas coisas insanas.
Às vezes nos falta um abraço, compreensão, cheiro, chamego e beijos.
Sim, às vezes nos falta até o sexo.
Talvez eu tenha que repetir a fotos,
Pois às vezes não temos coisas novas para postar,
Pois às vezes somos submetidos a situações adversas,
Que às vezes, nenhum de nós a compreendemos.
Às vezes a gente até acha que chegou o limite, o tempo de um basta.
Mas, quem disse que somos um casal perfeito, um casal exemplo?
Às vezes falamos palavras que machucam,
E às vezes um olhar machuca até mais do que as palavras.
Às vezes reclamamos da toalha molhada em cima da cama,
Ou do pente cheio de cabelo, ou da coberta que não dobrou,
A tampa da privada, ou até da forma que se deve 
Espremer o tubo de creme dental.
Às vezes queremos aquele elogio, um agrado, um presente,
Ou até um afago no rosto, um cafuné no cabelo, um beijo nos lábios,
Ou simplesmente deitar no peito e ouvir as batidas do coração.
Às vezes achamos que conseguiremos viver um sem o outro, às vezes não.
Às vezes eu sou o errado da história, 
Às vezes, você que está certa e com a razão.
Às vezes eu peço desculpas quando erro.
E às vezes eu peço perdão quando você erra.
Essa é a lei natural de um relacionamento.
Pois algumas vezes alguém tem que ceder.
Às vezes te observo dormir, e até confesso
Que às vezes sinto ciúmes, sinto muito ciúme.
Às vezes eu queria ser muito mais do que sou,
Ter muito mais do que eu tenho,
Querer muito mais do que eu quero
(Aí percebo que sou um maníaco sexual,
Então melhor eu querer muito menos do que quero).
Às vezes queremos ser compreendidos, queremos algo diferente,
Uma demonstração, ação, atitude, um algo mais,
Mas percebemos que somos imperfeitos e não somos um casal exemplo.
Às vezes quero sussurrar que te amo, ou dizer, ou até mesmo gritar.
Às vezes eu só quero que olhe nos meus olhos,
Beija-me e me diga que me ama.
Às vezes te olho sem perceber para teu corpo nu
Quando sai do banheiro e te desejo 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

DÉJÀ VU

 

Sinto-me cansado das coisas;
Cansado de mim mesmo.
Tenho a sensação de que estou 
Andando me círculos,
De que tudo não passa
De um grande e nostálgico
Déjà vu.
Parece que eu já vivi o dia de hoje
E por mais que eu corra,
Que eu lute,
Que eu tente,
Volto sempre para o mesmo lugar.
A liberdade me comove,
Me assusta,
Me esvazia
Constantemente!

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

INFÂNCIA



Sons, ruídos, movimento, asfalto, calor, buzinas, calçadas, sinal vermelho na encruzilhada da vida! Do outro lado do vidro do carro há um senhor, uma senhora, um jovem a dizer não... "não tenho!" 
Do lado de fora uma infância... Olhos lacrimejando, dentes podres, mãos estendidas, sem camisa, short rasgado e pés descalço. 
É a fronteira final da infância! Crianças caídas, crianças carentes, crianças abandonadas... 
Rimas que vão e que vem entre os rostos marcados; no choro sofrido e no riso inocente! é a frustração incontida que explode lentamente contra tudo e contra todos! 
Eu já não tenho mais nada a perder... Tenho fome, quem me dará de comer? Tenho sede, quem me dará de beber? 
Tenho sonhos, quem me deixará sonhar? Tenho infância, mas não me deixam sonhar; não me deixam viver, ter prazer e amar! Querem cortar a minha quimera, destruir a minha imaginação, exilar a fantasia que existe dentro de mim... 
Querem acabar com a minha infância!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

DORES

 


Dentro de cada pessoa
Há dores que ninguém conhece,
Sacrifícios que ninguém viu,
Cicatrizes que ninguém cuidou.
Há sentimentos que ninguém
Pode julgar
Porque ninguém chorou
As mesmas lágrimas,
Sofreu a mesma dor...
Cada um de nós sabe
O que tem no coração
E ninguém no mundo
Pode se dar ao luxo de julgar!