Mulher de salto

A mulher tem um dom especial. Diferenciado. Um dom ainda indecifrável, sem tradução em qualquer que seja o idioma. Com seu olhar traz a percepção do inatingível. Com seu sorriso o poder do inalcançável.

O homem acha que tem domínio, mas a mulher é indomável. Mas feliz daquele que toca seu coração. Pois na mulher tem aquele dom diferenciado, onde o coração perdura nobres sentimentos. E quando ela está de salto, ela não quer guerra, ela quer desfilar, vislumbrar, arrasar.

O salto a deixa soberba... Mas não aquela soberba da arrogância, não cabe a ela, a soberba da elegância. E quando passa o seu perfume chega antes dela e não vai embora, fica impregnado.

Quando de salto está, até seu corpo modela. No salto, até sua alma enriquece a soberba do desejo. O homem então descobre o quanto ele não tem domínio, de nada, absolutamente nada. Ele se rende, se entrega, se deixa levar. Ele baba, faz cara de bocó. Até tenta se sentir maioral, mas para falar de superioridade, não é com a mulher que vai se comparar, pois a mulher de salto quer ser, ou melhor, ela é.

Ela encanta, fascina, seduz, domina, controla. O salto a faz exuberante, ainda mais exuberante, linda, bela e magnífica. Divina. Já reparou numa mulher de salto? Ela não quer guerra com ninguém, ela quer o tapete vermelho, os holofotes, os aplausos, os desejos.

Quando o homem caminha de mãos dadas com a mulher de salto, até ele se sente, muda a postura até no andar, porque ele sabe o quão poderosa é a mulher de salto!

Pensando em você

E me vejo assim, pensando em ti. Como se visse você em minha frente. Vindo em minha direção em passos lentos a desfilar sensual e bela. E nestes passos, deixando meu coração acelerado quanto mais perto vai chegando de mim.

Os teus cabelos avulsos ao vento, parecem que o vento pedia permissão para tocar você. E minha garganta ficando seca querendo em teu beijo saciar. E minha pele arrepiando só de imaginar tuas unhas em meu corpo e mordidas no pescoço e nas orelhas. 

E você vem em passos lentos e, tua passada, de língua nos lábios mostrando o desejo de se deliciar da presa indefesa que sou eu.

Teus olhos dizem tudo e meu coração já sem compasso quanto mais você vai se aproximando.Assim eu me pego pensando em você!

Gordinhas

Se criou um estereótipo de que corpo perfeito, o padrão da beleza é aquele... Você sabe... Aquele modelo. Vistos em capas de revistas, desfilando nas passarelas. Entre curvas e silhuetas que sensualizam a beleza da mulher. Como se o padrão fosse este.

Nada pode ser, principalmente a mulher, ser rotulada e muitas vezes obrigada por padrões estéticos, antiquados, perversos e desnecessários.

A mulher é livre, todas elas. E as gordinhas, bem... As gordinhas... Tem seus atributos. Os conceitos e rótulos que carregam para o corpo e a conduta, estão que subconsciente, hipnotizados por anos de uma lavagem cerebral sobre o que é ser perfeito.

O corpo perfeito é o corpo que você tem. Essa perfeição não se define, é única e exclusiva. Sem parâmetro. Sem nada para definir entre o certo e o errado. Seu corpo é lindo do jeito que é. A perfeição não se define pelas características destes padrões e rótulos, a perfeição se define como você é, como você se ama. Como você se sente. Ter o direito de ser como você é e ser feliz com o corpo que tem. Perfeição é não sofrer pelo que vão dizer ou pelo que vão achar e muito menos pelo que eles pensam ou deixam de pensar...

Não se proíba e nem se limita. Pare de acreditar que sua circunferência abdominais é mais importante do que sua feminilidade, inteligência, capacidade de sedução.

As gordinhas são diferenciadas, tem seu charme, sua grandeza. Seu corpo é um templo, o seu próprio templo, ele é divino por natureza. E tudo que é divino é lindo. Cada pedacinho de você.

Entre as magras e gordinhas, morenas e loiras, eu fico com a mulher independente do rótulo, a mulher, sempre.

Entre as perfeições divinas, a mulher sobressai.

A você homem, a mulher grande, de curvilínea, de forma arredondada te assusta? Ou será a sua visão adestrada que é errônea. Adestrada por conceitos e preconceitos? Se você não enxerga sua alma, sinto muito, se estas a ver apenas carne e não seus mistérios e segredos. A alma da mulher é para poucos por esses preconceitos. Porque o problema não está na mulher, está em seu conceito adestrado que impede de ver a alma nua da mulher, seja ela qual forma tenha.

Totalmente você

Ela é uma menina com jeito de mulher. Uma menina com corpo de mulher. ou seria uma mulher com jeito de menina? Ela é linda. Totalmente linda.

Seu corpo, quanta inspiração, que confunde poesia e canção. Só de ver sinto a pele arrepiar. Só de pensar sinto o corpo estremecer. Quando nossos olhares se cruzam, o chão desaparece de debaixo dos meus pés. E me sinto menino perto dela. E me sinto homem de desejos. E me sinto escravo rendido ao seu encanto. Menina sim, de pensamentos. Mulher sim, de atitudes. Mas ela também se tornara princesa pelo seu esplendor que por onde passa flui amor.

Ela de quem falo, é desta menina que no poema falei, é canção, é poesia. Rima, verso e melodia. É encanto. Atração, sedução. É totalmente você!

Massacre creche Blumenau

O pai sai para trabalhar. A mãe antes, acorda, ajeita o café da manhã, acorda sua criança. A alegria da família. Que tem o poder de contagiar ambiente. Um sonho que se realizou... Mamãe dar banho, todos comem. Ambos vão trabalhar, mas antes papai e mamãe seguem até a creche para deixar sua criança, ainda sonolenta, chorosa querendo o colo de mamãe.

Mas papai e mamãe tem que trabalhar e as crianças precisam estudar, aprender, o ciclo da vida para se tornarem cidadãos e aprendem a viver em sociedade.

No meio de outras crianças, brincam, se divertem, estudam. Onde aprendem a dividir, compartilhar, somar, enquanto os pais trabalham.

Mas aí, aquela criança (aquelas crianças) de repente, tem todo o ciclo interrompido. De forma cruel, hedionda. O terror, o grito do terror invade uma creche. Gritos assombrados e assustados. O desespero desce pelos olhos em forma de lágrimas. 

De repente o celular toca. Pai... Mãe... Aconteceu uma tragédia... E agora como contar para os pais o que houve?

O coração dos pais gelam, ficam pálidos, a pressão cai. Um grito: "NÃOOOOOOO, MEU FILHO NÃO..." e depois outro: "MEU DEUS COMO ISSO FOI ACONTECER COM MINHA FILHA?..."

Essa seria a pergunta... Mas uma pergunta sem resposta. Uma pergunta sem justificativa. Um ciclo interrompido. Pais desesperados correm para encontrar... Encontrar... Encontrar... Encontrar o que? Vestígios de sangue, de dor, de perda, de sofrimento, de saudades... A casa vai está incompleta, vazia. Isso nem o tempo é capaz de apagar, amenizar. Toda vez do acordar ao dormir vai lembrar daquele rosto angelical, da doce voz correndo pela casa para encontrar o papai na porta. E falo com propriedade, não tem alegria e prazer maior do que o filho te chamar de papai, te abraçar dizendo: "te amo, estava com saudades". E de repente tudo se acaba. Interrompido. Eu, sendo pai, me imagino na situação. Qual sentimento passa a existir? A dor é diferente. O coração aperta, garganta seca, a cabeça dói, lágrimas rolam de uma forma incontida... Não é nada fácil expressar sentimentos quando a dor é causada desta forma. O grito de dor