A mulher tem um dom especial. Diferenciado. Um dom ainda indecifrável, sem tradução em qualquer que seja o idioma. Com seu olhar traz a percepção do inatingível. Com seu sorriso o poder do inalcançável.
O homem acha que tem domínio, mas a mulher é indomável. Mas feliz daquele que toca seu coração. Pois na mulher tem aquele dom diferenciado, onde o coração perdura nobres sentimentos. E quando ela está de salto, ela não quer guerra, ela quer desfilar, vislumbrar, arrasar.
O salto a deixa soberba... Mas não aquela soberba da arrogância, não cabe a ela, a soberba da elegância. E quando passa o seu perfume chega antes dela e não vai embora, fica impregnado.
Quando de salto está, até seu corpo modela. No salto, até sua alma enriquece a soberba do desejo. O homem então descobre o quanto ele não tem domínio, de nada, absolutamente nada. Ele se rende, se entrega, se deixa levar. Ele baba, faz cara de bocó. Até tenta se sentir maioral, mas para falar de superioridade, não é com a mulher que vai se comparar, pois a mulher de salto quer ser, ou melhor, ela é.
Ela encanta, fascina, seduz, domina, controla. O salto a faz exuberante, ainda mais exuberante, linda, bela e magnífica. Divina. Já reparou numa mulher de salto? Ela não quer guerra com ninguém, ela quer o tapete vermelho, os holofotes, os aplausos, os desejos.
Quando o homem caminha de mãos dadas com a mulher de salto, até ele se sente, muda a postura até no andar, porque ele sabe o quão poderosa é a mulher de salto!
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