Já
te consolei por vezes que até perdi a conta.
Você já me consolou por outras
tantas vezes.
Sorrisos?
Já demos incontáveis vezes. E quantos abraços apertados. Ligações fora de hora
para matar a saudade. Passeios, brigas, ciúmes... Companhia um do outro.
Dicas
de moda, ou de um penteado... Eu passava de estilista a cabeleireiro em frações
de segundo.
Ah,
sim, opiniões das meninas que eu ficava tinha que passar por sua aprovação. Tudo
isto fazia de nós, amigos, grandes amigos. Os maiores e melhores amigos. Mas você
nunca percebeu, ou viu, ou sentiu, ou entendeu...
Não
percebeu o meu amor por você; não viu meu olhar de bobo apaixonado; não sentiu
meu coração bater acelerado; não percebeu nada... Nem meus medos e nem os meus ciúmes
com medo de ti perder para o primeiro abobalhado que teus olhos se encantassem.
Fiquei assim, com medo de ti perder, embora você nunca tenha sido minha.
Você
não percebeu às vezes que eu me fiz de indiferente ao tentar te colocar ciúmes. Fiz
de tudo para chamar a sua atenção.
Era
o que fazia este seu melhor grande amigo... Que se derretia todo quando você me
abraçava, deitada em meu colo chorava e eu limpava tuas lágrimas, te levava em
casa, passeava, ria das tuas besteiras e te fazia rir das minhas; comprava teu
doce predileto e tua fruta preferida; e buscava realizar teus segredos mais
intensos e teus desejos mais íntimos, que podia ser qualquer coisa, lá estava
eu, pronto para realizar quando com este olhar intenso, brilhoso e sedutor, me
pedia sem nada dizer com os lábios, mas compreendido com a voz do coração.
Já
fui teu porto seguro, teu anjo, teu ouvinte, teu confidente, teu travesseiro,
pai, amigo, irmão, segurança... Mas nunca o teu amante-amor...
Isto
é o preço de ser teu melhor grande amigo!
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