segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Melhor grande amigo!


Já te consolei por vezes que até perdi a conta. 
Você já me consolou por outras tantas vezes.
Sorrisos? Já demos incontáveis vezes. E quantos abraços apertados. Ligações fora de hora para matar a saudade. Passeios, brigas, ciúmes... Companhia um do outro.
Dicas de moda, ou de um penteado... Eu passava de estilista a cabeleireiro em frações de segundo.
Ah, sim, opiniões das meninas que eu ficava tinha que passar por sua aprovação. Tudo isto fazia de nós, amigos, grandes amigos. Os maiores e melhores amigos. Mas você nunca percebeu, ou viu, ou sentiu, ou entendeu...
Não percebeu o meu amor por você; não viu meu olhar de bobo apaixonado; não sentiu meu coração bater acelerado; não percebeu nada... Nem meus medos e nem os meus ciúmes com medo de ti perder para o primeiro abobalhado que teus olhos se encantassem. Fiquei assim, com medo de ti perder, embora você nunca tenha sido minha.
Você não percebeu às vezes que eu me fiz de indiferente ao tentar te colocar ciúmes. Fiz de tudo para chamar a sua atenção.
Era o que fazia este seu melhor grande amigo... Que se derretia todo quando você me abraçava, deitada em meu colo chorava e eu limpava tuas lágrimas, te levava em casa, passeava, ria das tuas besteiras e te fazia rir das minhas; comprava teu doce predileto e tua fruta preferida; e buscava realizar teus segredos mais intensos e teus desejos mais íntimos, que podia ser qualquer coisa, lá estava eu, pronto para realizar quando com este olhar intenso, brilhoso e sedutor, me pedia sem nada dizer com os lábios, mas compreendido com a voz do coração.
Já fui teu porto seguro, teu anjo, teu ouvinte, teu confidente, teu travesseiro, pai, amigo, irmão, segurança... Mas nunca o teu amante-amor...
Isto é o preço de ser teu melhor grande amigo!

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