Aqui estou. Madrugada adentro.
Som de grilos ao longe, até escuto som de pássaros noturnos. Sentado numa
cadeira de madeira e de frente para um computador enquanto avisto uma enorme
cama de casal. Não sabia que o silêncio, a solidão e uma cama fossem tão grandes.
Na playlist algumas músicas dos anos 80 e 90 embalam as batidas do coração. As
lembranças de um passado distante e de um passado não tão distante.
Como a vida se torna cruel e
ingrata, massacra, corrói, dói e mói nossa estrutura sem dó e sem piedade.
Massacra o coração aflito e dilacera uma mente debilitada. E você vai
percebendo que as noites são bem mais longas do que os dias. Que as chuvas que
molham o telhado e o portão, assim como a brisa que parece ventania a bater em
sua nuca, causam bem mais do que calafrios e traduzir as sensações se misturam
em sentimentos.
Ora você não sabe como descrever,
o que sentir e o que pensar. Não escolhemos a solidão. Não escolhemos está só.
Escolhemos amar, viver e
desfrutar do amor, mas nem todos sabem viver o amor. Nem todos sabem desfrutar
do amor. Nem todos sabem dar e receber do amor. O amor apenas foi banalizado
nas bocas, nas promessas, nas ações. Talvez ao descobrirem que amar é uma ação
bem ais que sentimentos, descobrem juntos, que não estão prontos para agir em
prol desta ação.
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