Então, pelos seus cabelos em minhas
mãos, te levo pra junto de mim e logo está toda envolvida em mim. Sem falar
nada, ficamos quietos, olhando nos olhos um do outro até que eu a beijo. Minha
língua, enrosca na sua. E sinto uma necessidade animal de lamber cada parte do
seu corpo. Até chegar a sua doce intimidade, cheia do gosto meu.
E no final de um ritual
milenar, o sexo, que tomo posse do que é "meu"... Tomo posse de quem
é minha. E eu o mordo e lambo repetidamente, enquanto nossos corpos se levantam
indo para cima e para baixo, ela levanta e rolando sob o meu corpo, logo estou
por cima, tomando, engolindo até o último centímetro.
Mais tarde ainda houve tempo
para castigos de prazer que a perversão da paixão presta-se a fazer... Tempo
para partes dos nossos corpos empurrar o meu eu primitivo para vontades sádicas...
E eu já atordoado pela satisfação dessa tortura deliciosa, dando um salto para
felicidade plena, fico em frente àquele corpo perfeito, minha pele marcada
pelas mãos macias e habilidosas, fazendo-me sentir ainda mais prazer.
Haveria tempo para palavras
obscenas e perigosas.
Haveria tempo para excitar
com risos cruéis e seu sexo me possuindo com perversão... Brincadeiras
mórbidas, mas eletrizantes.
Seria hora de revirar os
olhos como flores que desabrocham e sentir cada sensação com os ouvidos... É
hora de suavizar o toque das mãos, tal qual a seda roçando na pele.
Essa é a hora em que depois
do orgasmo delicioso o corpo entra em espasmo total... E todo o nosso sadismo
se transforma em pura contemplação do prazer que foi satisfeito sob a nossa
pele.
Toda aquela experiência
dividida e compartilhada, deu a sensação que nossos corpos não tinham ossos, só
nervos e tesão..
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