terça-feira, 4 de agosto de 2015

Corpos e tesão

Então, pelos seus cabelos em minhas mãos, te levo pra junto de mim e logo está toda envolvida em mim. Sem falar nada, ficamos quietos, olhando nos olhos um do outro até que eu a beijo. Minha língua, enrosca na sua. E sinto uma necessidade animal de lamber cada parte do seu corpo. Até chegar a sua doce intimidade, cheia do gosto meu. 
E no final de um ritual milenar, o sexo, que tomo posse do que é "meu"... Tomo posse de quem é minha. E eu o mordo e lambo repetidamente, enquanto nossos corpos se levantam indo para cima e para baixo, ela levanta e rolando sob o meu corpo, logo estou por cima, tomando, engolindo até o último centímetro.
Mais tarde ainda houve tempo para castigos de prazer que a perversão da paixão presta-se a fazer... Tempo para partes dos nossos corpos empurrar o meu eu primitivo para vontades sádicas... E eu já atordoado pela satisfação dessa tortura deliciosa, dando um salto para felicidade plena, fico em frente àquele corpo perfeito, minha pele marcada pelas mãos macias e habilidosas, fazendo-me sentir ainda mais prazer. 
Haveria tempo para palavras obscenas e perigosas. 
Haveria tempo para excitar com risos cruéis e seu sexo me possuindo com perversão... Brincadeiras mórbidas, mas eletrizantes. 
Seria hora de revirar os olhos como flores que desabrocham e sentir cada sensação com os ouvidos... É hora de suavizar o toque das mãos, tal qual a seda roçando na pele. 
Essa é a hora em que depois do orgasmo delicioso o corpo entra em espasmo total... E todo o nosso sadismo se transforma em pura contemplação do prazer que foi satisfeito sob a nossa pele. 
Toda aquela experiência dividida e compartilhada, deu a sensação que nossos corpos não tinham ossos, só nervos e tesão..

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